28 fevereiro 2009

Como é que os seres digerem o alimento?


Todos os seres que obtém alimento por ingestão (captação de alimento não digerido) ao contrário dos que o fazem apenas por absorção (obtenção de alimento já digerido) necessitam de o simplificar através de processos digestivos. Esses processos digestivos ocorrem de forma diferenciada em função do grau de complexidade atingido pelo organismo e são conhecidos por:
A digestão intracelular ocorre no interior da célula, sendo frequente em organismos unicelulares (protozoários - protistas que fazem ingestão) ou em animais com um baixo grau de especialização celular, isto é, sem tubo digestivo (filo porifera - esponjas do mar) ou com um tubo digestivo incompleto, isto é apenas com um único orifício que funciona, em simultâneo, de boca e de anús ( filo cnidaria - hidras, corais, medusas e anémonas ou filo plateminta - planária) que, como tal, não lhes permite completar, fora das células, a digestão.
Na digestão intracelular o papel dos lisossomas é fundamental.
Estes organitos são um tipo especial de vesículas libertadas pelo aparelho de Golgi, cheias de enzimas digestivas (hidrolases) que ao fundirem-se com os vacúolos de endocitose, transformam-nos em vacúolos digestivos. No interior destes as hidrolases misturam-se com as partículas ingeridas, simplificando-as através de reacções de hidrólise, onde as macromoléculas são convertidas nos seus monómeros possibilitando a sua posterior absorção.
A digestão será apenas extracelular se ocorrer num tubo digestivo completo (com boca e anús) onde se vão processar todas as reacções, através de enzimas específicas, necessárias à degradação das macromoléculas ingeridas. O tubo digestivo do homem é um exemplo do mesmo.
É conveniente lembrar que apesar de ocorrerem seres que captam alimento por absorção (bactérias heterotróficas e fungos - microconsumidores) e outros por ingestão ( protozoários e animais - macroconsumidores), em última análise também as células destes últimos fazem absorção, após decorrida a digestão.
Para finalizar pode-se ainda colocar a seguinte questão: Será que os seres que apenas captam alimento (bactérias e fungos) por absorção nunca fazem digestão? Na realidade fazem! Mas é uma digestão extracorporal (fora do seu corpo) que ocorre através de enzimas que libertam para o exterior com a finalidade de simplificar o alimento e torná-lo de fácil absorção. Realmente, para obter alimento, estratégias não faltam!!

Ingestão em protozoários

18 fevereiro 2009

Salicórnia - A planta que gosta de sal

Nas salinas Eiras Largas na Figueira da Foz nasce uma planta com características singulares:
Todos sabemos que um ambiente salino é prejudicial à maioria das plantas. A presença de muito sal provoca a desidratação das células vegetais porque através de fenómenos osmóticos as células perdem água para os locais onde a concentração de substâncias (neste caso o sal) é mais elevada (meio hipertónico). Como forma de sobrevivência a Salicórnia adaptou-se a esta situação porque, ao contrário de perder água, ela consegue manter os níveis aquosos internos dentro dos valores normais. Isso deve-se, simplesmente, ao facto desta planta absorver uma quantidade de sal que provoca, pelos mesmos fenómenos osmóticos, a entrada de água para o interior das suas células, impedindo a sua desidratação. Como tal a sua salvação reside em transportar o sal para dentro de si própria e tornar-se ela própria salgada. Mas parece que isso, além de não a prejudicar em nada, até a torna apetecível como fonte gastronómica.

17 fevereiro 2009

Como é que as substâncias atravessam a membrana celular?

Muitas substâncias (gases, iões, água, açúcares, aminoácidos ou partículas de maiores dimensões.) podem atravessar a membrana celular. Os principais e mais bem conhecidos processos de transporte de substâncias através da membrana são:
Difusão Simples,Osmose,Difusão Facilitada, Transporte Activo e Endocitose.
Na difusão as substâncias que se dissolvem movimentam-se, simplesmente, devido ao seu movimento aleatório e contínuo da região onde estão mais concentradas para onde estão menos, sem a presença de moléculas transportadoras e sem gasto de energia celular (ATP).
Exemplo: O oxigênio ou dióxido de carbono atravessam a membrana celular com grande facilidade, dissolvendo-se simplesmente na matriz lipídica desta membrana (ambos são lipossolúveis). Esta difusão também ocorre em substâncias polares mas, neste caso, através de proteínas que funcionam de poros na membrana celuar.
A osmose é o nome dado à passagem da água através da membrana celular. A água movimenta-se sempre de um meio hipotónico ( menos concentrado em soluto) para um meio hipertónico (mais concentrado em soluto) com o objetivo de estabelecer a mesma concentração em ambos os meios (isotónicos). Este tipo de transporte não apresenta gastos de energia por parte da célula, por isso é chamado transporte passivo ( a difusão simples e a facilitada são também processos de transporte passivo). Quando uma célula é colocada num meio hipertónico, esta perde volume através de osmose (sofre plasmólise). Porém, quando colocada em meio hipotónico, a célula aumenta de volume (sofre turgescência) . Nas células animais, por vezes, a entrada de água supera a elasticidade da membrana e a célula rebenta (hemólise). Esta situação não se dá em células vegetais devido à existência da parede celular.
Exemplo: Se uma hemácia for mergulhada em uma solução hipertónica em relação ao seu citoplasma, ela perderá água por osmose, diminuindo de volume (plasmólise). Se a hemácia for colocada numa solução hipotónica (água destilada), o seu volume aumentará (turgescência) e passado algum tempo rebentará, espalhando seu conteúdo pela solução (hemólise).
Neste tipo de transporte as substâncias, também devido a movimentos aleatórios e contínuos, passam de um lado para o outro lado da membrana celular. Porém, por serem insolúveis na matriz lipídica (não lipossolúveis) e de tamanho molecular grande demais para passar através dos diminutos "poros" que se encontram na membrana celular, elas atravessam a membrana celular ligadas a proteínas transportadoras específicas para as mesmas (permeases). Nesse transporte também não há gasto de ATP.
Exemplo: A glicose, monossacarídeo muito comum, atravessa a membrana celular do exterior para o interior da célula (do meio de maior concentração para o meio de menor concentração de glicose) ligada a uma proteína transportadora específica para glicose.
No transporte activo as substâncias são levadas do meio extracelular para o intracelular (ou vice-versa) por uma proteína transportadora que é capaz de efectuar esse transporte contra um gradiente de concentração (a substância pode ser transportada de um meio de baixa concentração para um de alta concentração da mesma). Neste caso, há consumo de ATP, para transportar a substância contra um gradiente de concentração e a proteína transportadora, neste caso uma ATPase, liga-se quimicamente à substância a ser transportada funcionando como uma enzima específica.
Exemplo: Bomba de Sódio e Potássio - transporte constante de iões de sódio de dentro para fora e iões de potássio de fora para dentro da célula. Na bomba de sódio ambos os iões são transportados contra um gradiente de concentração, isto é, de um meio menos concentrado para um mais concentrado do mesmo ião.
Através da endocitose a membrana celular permite a entrada de partículas alimentares ( ou mesmo de células, no caso de uma célula ingerir outra) que devido às suas grandes dimensões não podem atravessar os constituintes moleculares da membrana. Neste caso a membrana sofre uma invaginação (dobramento para o interior da célula) integrando dentro da mesma as partículas que pretende captar. O processo da endocitose engloba a fagocitose (captação de partículas sólidas através de pseudópodes), a pinocitose (captação de partículas líquidas) e a endocitose mediada por receptores (as partículas entram na célula ligadas à membrana por receptores específicos).
A modificação na forma da membrana insere os casos de endocitose nos processos de ingestão, enquanto que a difusão simples, difusão facilitada e transporte activo, por não ocorrer alteração membranar, são fenómenos de absorção.
Adaptado de Algosobrevestibular e YahooRespostas

16 fevereiro 2009

Biologia - Transporte através da membrana

Membrana plasmática - Modelo Mosaico Fluido

Membrana plasmática - A entrada na célula

Tudo o que existe, e que está individualizado, precisa de se separar do meio exterior. Por exemplo, uma casa separa-se do meio externo por paredes, pelo piso e pelo tecto. Imagine agora uma célula sem uma membrana à sua volta. Como seria a sua composição? Certamente, semelhante àquela encontrada ao seu redor. Sem essa fronteira, provavelmente, a célula nem existiria. Assim, o papel principal da membrana plasmática é delimitar a célula, por outras palavras, separar o conteúdo citoplasmático do meio em que ela se encontra. Por isso, começaremos o nosso estudo colocando a seguinte questão:
Quais as substâncias que formam a membrana plasmática?
Antes de responder a esta pergunta é importante lembrar que tanto o interior da célula quanto o seu exterior possui grande quantidade de água. Todos sabemos o que acontece quando pinga uma gota de óleo sobre a água. O óleo não se mistura com a água. Os lipídos, substâncias oleosas, são as principais moléculas presentes na membrana plasmática e o facto dos mesmos não se misturarem com a água ajuda na separação da célula do seu meio externo. Os lipídos da membrana chamam-se fosfolipídos e organizam-se numa bicamada (duas camadas justapostas). Os fosfolipídos possuem uma cabeça polar, formada por fósforo (que pode ficar em contato com a água) e caudas apolares (que não tem afinidade por água) que ficam voltadas para o interior da membrana. Além dos fosfolipídos a membrana também possui proteínas, que funcionam como portas e janelas da célula, e açúcares ligados aos lipídos ou às proteínas. Ou seja, a composição da membrana plasmática ... é principalmente lipoprotéica ( lipídos + proteínas). O modelo mais aceite, actualmente, foi proposto por Singer e Nicholson e é conhecido como Modelo do Mosaico Fluido.
O que aconteceria à célula se a membrana plasmática não permitisse a passagem de nenhuma substância? Assim como, por exemplo, um carro precisa de portas para as pessoas entrarem e sairem, as células também possuem mecanismos que permitem a entrada e a saída de substâncias. Dizemos que a membrana plasmática selecciona a passagem destas substâncias e que ela possui, desta forma, uma permeabilidade selectiva. A camada fosfolipídica da membrana plasmática funciona como uma barreira fluida (maleável) que permite a passagem de substâncias diretamente através dela. Mas será que tudo consegue atravessar essa barreira fosfolipídica? A resposta é não. Atravessarão esta barreira apenas as substâncias que tenham afinidades com os lipídos, senão não se conseguiriam "misturar" com eles e atravessar a membrana. Por outro lado não são apenas as substâncias com afinidades com os lipídos que atravessam a membrana plasmática. As substâncias que não conseguem atravessar diretamente a camada fosfolipídica podem entrar ou sair da célula através das suas portas e janelas, que são as proteínas.
Adaptado de ColégioWEB

12 fevereiro 2009

Célula vegetal

A estrutura microscópica da maioria das células vegetais é formada por uma parede celular rígida composta basicamente por celulose e outros hidratos de carbono que lhe conferem propriedades físico-químicas tais como: plasticidade, elasticidade, resistência à tensão e decomposição por microorganismos, higrofilia, transparência, etc. Esta parede é fina e elástica nas células vegetais mais jovens (parede primária), sofrendo nas células adultas um espessamento que pode formar, internamente à parede primária, uma parede secundária, composta de lenhina, hemicelulose e suberina. A formação desta parede secundária não é uniforme, podendo-se constar, em locais onde ocorre a sua interrupção, a formação de pontuações. Nas células adultas, onde ocorre um espessamento proeminente da parede secundária, o lúmen (espaço) celular fica reduzido. Entre uma célula e outra temos a lamela média, formada por uma fina camada de pectatos de cálcio. Esta lamela média funciona como um cimento, unindo as células. A parede celular de natureza celulósica apenas existe nas células das plantas e das algas verdes, podendo esta substância encontrar-se, ou não, em outros tipos de algas.
As células que estão em contato direto com o ar, podem formar uma camada externa à parede primária, denominada cutícula, formada por cutina e cera.
No interior de uma célula adulta encontra-se a membrana celular, revestíndo, internamente, a parede celular e dentro desta, o citoplasma. Imerso no citoplasma encontra-se o núcleo e vários organitos dos quais se destacam, em especial, os cloroplastos (que contém a clorofila, pigmento verde) responsáveis pela fotossíntese.
Em alguns casos os cloroplastos são substituídos por cromoplastos quando contém outros pigmentos, tais como os carotenos e as xantófilas. A interligar os conteúdos de células contíguas, encontramos filamentos de citoplasma denominados plasmodesmos, os quais estabelecem uma continuidade protoplasmática entre as células. Outras estruturas presentes nas células vegetais e que ocupam uma parte considerável do centro da célula adulta são os vacúolos os quais contém uma solução aquosa de substâncias minerais e orgânicas. Nas plantas jovens os vacúolos tendem a ser mais pequenos e em maior número, unindo-se à medida que a célula envelhece, daí as células mais velhas possuirem poucos (ou apenas um) e de grandes dimensões. Na célula vegetal a membrana celular também é chamada de plasmalema e a membrana do vacúolo, de tonoplasto. Além destes organitos típicos da célula vegetal, encontramos também todos os outros como, ribossomas, retículo endoplásmático rugoso e liso, mitocôndrias (relacionadas a respiração), e complexo de Golgi. Os lisossomas são praticamente inexistentes e os centríolos não estão presentes na célula vegetal.
Adaptado de HowStuffWorks
.

Vida das amibas

Protozoários - Quando uma só célula eucariota se assemelha a um animal!

Os protozoários são seres protistas formados por uma única célula. A sua estrutura celular é eucariota (as células apresentam núcleo e organitos individualizados) e são heterotróficos ( fazendo alguns ingestão-macroconsumidores e outros absorção-microconsumidores). Individualizam-se das algas que sendo também protistas e eucariontes, podem ser uni ou pluricelulares e apenas autotróficas (fazendo fotossíntese-produtoras) . Os protozoários podem viver como parasitas ou ter vida livre e habitar os mais variados tipos de ambiente. Como parasitas do homem e de outros seres vivos, podem causar muitas doenças. A maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada. Algumas espécies podem reproduzir-se sexuadamente. Neste caso, o núcleo duplica e, a seguir, a célula estreita-se na parte central, dividindo-se, no final, em duas novas células. Os protozoários foram classificados segundo o tipo e a presença ou não de elementos especiais de locomoção. Dessa forma, os protozoários estão divididos em Flagelados, Rizópodes, Ciliados e Esporozoários.
Os flagelados apresentam um ou mais de um flagelo. Os flagelos são longos filamentos que este tipo de protozoário utiliza para se locomover, fazendo-os vibrar num líquido. Muitos flagelados tem vida livre, outros são parasitas e ocasionam doenças no homem. O Tripanossoma, a Leishmania e a Giardia são exemplos de flagelados parasitas. Protozoários flagelados do género Trichonympha vivem no intestino de cupins participando da digestão da celulose da madeira. Se o cupim não contasse com a "ajuda" do protozoário, ele não conseguiria aproveitar a celulose como alimento e morreria. Por outro lado o protozoário encontra bastante alimento no intestino do cupim. Essa relação entre duas espécies diferentes, em que há benefício para ambas as partes é chamada mutualismo.
Os rizópodes locomovem-se e captam as particulas alimentares com prolongamentos do citoplasma chamados pseudópodes (falsos pés), através de um processo de ingestão denominado fagocitose. As amibas são os principais representantes dos rizópodes. Algumas são parasitas e outras tem vida livre. Um grupo especial de rizópodes são os foraminíferos. Estes protozoários vivem na água salgada e estão protegidos por carapaças muito bonitas, ricas em cálcio e silício. Há milhões de anos existia grande quantidade desses seres no fundo dos mares. Os seus restos foram sofrendo transformações durante milhões de anos e contribuíram para a formação do petróleo. Actualmente, a descoberta das suas carapaças é muito importante, pois indica que pode haver petróleo no local. Há geólogos que procuram descobrir, na terra ou no mar, os locais onde se encontram carapaças fósseis desses protozoários.
Os ciliados apresentam pequenos filamentos em volta do corpo chamados cílios, com os quais se movimentam e capturam alimentos. Um exemplo desse grupo é o balantídeo, um parasita que vive habitualmente no organismo do porco. Outro exemplo de ciliado é a paramécia, que vive na água doce.
Os esporozoários são parasitas que não se locomovem. Um dos mais conhecidos é o plasmódio que provoca nos seres humanos a doença conhecida por malária.
Adaptado de YAHOO!Respostas

E.coli

Escherichia coli - Uma célula procariota

As células procariotas caracterizam-se pela sua simplicidade estrutural. Ao contrário das eucariotas, não possuem uma membrana a envolver o seu material genético, separando-o do citoplasma. Os seres vivos formados por estas células são sempre unicelulares, podendo, em vários casos, agrupar-se em colónias. Estes seres denominam-se procariontes, pertencem em exclusivo ao reino Monera e compreendem, principalmente, as bactérias, e algumas cianobactérias ou algas azuis. Devido à sua simplicidade estrutural e rapidez de multiplicação, a bactéria Escherichia coli é o ser procarionte mais bem estudado. Ela tem forma de bastonete, possuindo uma membrana plasmática semelhante à das células eucariotas. Por fora dessa membrana existe uma parede celular rígida, com 20nm de espessura, constituída por um complexo de proteínas e glicosaminoglicanas, cuja função é proteger a bactéria das acções mecânicas. No citoplasma da E.coli existem ribossomos ligados a moléculas de RNAm, constituindo polirribossomas.
O nucleóide é uma estrutura que possui dois ou mais cromossomas (DNA) idênticos circulares, presos a diferentes pontos da membrana plasmática. Podem ocorrer, também, filamentos de DNA mais pequenos designados plasmídeos.
As células procariontes não se dividem por mitose e os seus filamentos de DNA não sofrem o processo de condensação que leva à formação de cromossomos visíveis ao microscópio óptico, durante a divisão celular.
Em alguns casos, a membrana plasmática invagina-se, dando origem a estruturas denominadas mesossomos.
As cianobactérias (ou cianofíceas) que realizam fotossíntese (não é o caso da E.coli), possuem no seu citoplasma, algumas membranas, paralelas entre si, associadas a clorofila ou a outros pigmentos responsáveis pela captação de energia luminosa.
Diferente das células eucariotas, as procariotas não possuem um citoesqueleto (responsável pelo movimento e forma das células). A forma simples das células procariotas, que em geral é esférica ou em bastonete, é mantida pela parede celular, sintetizada no citoplasma e agregada à superfície externa da membrana celular. Algumas bactérias, como é o caso da E.coli, apresentam flagelos que lhes permitem a locomoção.
Bionet

08 fevereiro 2009

Minerais e Rochas

Minerais e Rochas 2

Será que as rochas estão em transformação?

Os três grupos de rochas - magmáticas, sedimentares e metamórficas, transformam-se continuamente na natureza num conjunto de processos geológicos denominado ciclo das rochas. Este ciclo foi pela primeira vez descrito em 1785 pelo escocês James Hutton, numa apresentação oral diante da Royal Society of Edimburg.
O ciclo das rochas mostra que após arrefecimento, o magma solidifica originando rochas magmáticas. Estas podem-se formar-se à superfície (vulcânicas) ou no interior da crusta (plutónicas). Uma vez expostas à superfície, as rochas sofrem meteorização e erosão, processos promovidos fundamentalmente pela água e pelo oxigénio, originando sedimentos que são transportados pela água e pelo vento, depositando-se em zonas de depressão da crosta continental ou oceânica. Através de fenómenos de subsidência, os materiais da crosta vão afundando, sendo submetidos a um progressivo aumento de pressão e temperatura. Com o continuar do processo de subsidência crustal as rochas sofrem recristalizações no estado sólido que alteram os minerais seus constituintes e transformam-se em rochas metamórficas.
Caso a temperatura ainda aumente mais as rochas fundem originando magma, que pode voltar de novo a formar rochas magmáticas.
Fonte: fossil.uc.pt

A evolução das espécies - parte 2

A evolução das espécies - parte 1

Evolução e Extinção em massa

A forma e a distribuição das criaturas vivas sobre a Terra podem ser atribuídas a dois fatores - à evolução e ao meio ambiente. O estudo da evolução compreende as formas de origem da vida, como ela se diversificou e de que maneira diferentes criaturas se originaram de outras. A evolução mostra em uma linha horizontal como foi o desenvolvimento da vida em nosso planeta. Enquanto o estudo do meio ambiente (ecologia) é uma linha vertical nesse mesmo universo.
Evolução e ecologia estão intimamente relacionadas e seus estudos se interrelacionam de maneira intensa. A extinção de espécies é uma das formas naturais pelas quais a evolução se processa. A evolução biológica implica extinção de espécies, uma vez que a seleção natural significa a sobrevivência do mais apto, do mais adaptado a cada ambiente. Assim, à medida que ocorrem mudanças ambientais, muitas espécies e até grupos inteiros (famílias) podem ser extintos.
HowStuffWorks

Etapas da História da Terra e da Vida

O aparecimento da Vida na Terra

Se no início não havia Vida na Terra, como apareceu toda a diversidade de organismos que actualmente existem? Conhece os fenómenos que conduziram ao aparecimento dos primeiros organismos vivos.
Quando é que surgiu o primeiro ser vivo? Apesar dos fenómenos que levaram à formação da Terra terem o seu início há 4 600 milhões de anos, a prova de vida mais antiga encontrada na natureza são fósseis de seres vivos semelhantes a organismos do reino Protista, com cerca de 3500 milhões de anos na África do Sul e Austrália. Apesar de, durante estes 1000 milhões de anos o nosso planeta ter sido um planeta morto, foram-se criando as condições para o aparecimento da vida. Mas onde é que surgiu a vida? Pensa-se que esse fenómeno terá tido origem no mar, sob condições completamente diferentes das que existem na actualidade. Experiências laboratorias têm tentado reconstituir o que se terá passado nos mares naquela altura. A atmosfera da Terra primitiva seria principalmente formada por hidrogénio, azoto, amónia e vapor de água. Estes gases, sujeitos à acção de várias fontes de energia, nomeadamente as elevadas temperaturas que se faziam sentir, terão sido "cozinhados", reagindo entre si, formando os primeiros compostos orgânicos, que eram moléculas muito simples. Os compostos formados na atmosfera primitiva transferiram-se depois para os oceanos, que ficaram carregados de substâncias minerais e orgânicas, transformando-se numa "sopa primitiva", muito nutritiva. Estas substâncias continuaram a reagir entre si, conduzindo à formação de substâncias mais complexas, incluindo aminoácidos, que são fundamentais à formação da vida. Estas moléculas constituiram, depois, unidades individualizadas do meio e com as condições ambientais apropriadas surgiram as primeiras células, ou seja, a Vida. Elas eram muito simples, semelhantes a bactérias. É claro que das substâncias orgânicas até ao aparecimento do primeiro organismo vivo, muitas reacções químicas tiveram de ocorrer, mas elas ainda não estão completamente compreendidas.
Passados dois mil milhões de anos, a vida continuava a restringir-se aos oceanos e a organismos unicelulares, muito simples. A atmosfera que até então tinha a mesma constituição, começa agora a ter oxigénio. Como é que o oxigénio se formou? O oxigénio formou-se por actividade dos organismos vivos, mais precisamente através da fotossíntese realizada por algas microscópicas que flutuavam nos oceano. No entanto, no início, o oxigénio era venenoso para os primeiros organismos e só muito mais tarde é que as formas de vida adquiriram as características dos organismos actuais. Como é que eram os primeiros seres vivos? Os primeiros seres vivos eram heterotróficos muito simples, que se alimentavam da matéria orgânica que existia nas águas. Depois disso apareceram os primeiros autotróficos, pois nos primeiros heterotróficos terá surgido a síntese da clorofila, substância que permitiu a esses seres utilizarem a energia luminosa e convertê-la em energia química, para manterem as suas actividades celulares. Estes seres, ao utilizarem a água para a fotossíntese, libertavam o oxigénio resultante para a atmosfera. Estava assim "inventada" a fotossíntese. Este processo evitava que os compostos orgânicos das águas se esgotassem, permitindo a evolução da vida para outros seres mais complexos. Certos seres autotróficos e heterotróficos passaram, então, a utilizar o oxigénio nas suas reacções vitais, como a respiração. À medida que o oxigénio se foi acumulando na atmosfera, ao reagir com as radiações solares, formou-se a camada de ozono, que começou a reter os raios ultravioleta, permitindo que os organismos conquistassem o meio terrestre.
NATURLINK

Célula Eucariota

Célula Procariota

Comparação entre a célula procariota e a eucariota?

 
Procariotas ou procariontes (grego: pro, anterior, antes + karyon, noz ou amêndoa - núcleo) são organismos unicelulares que não apresentam o seu material genético envolvido por uma membrana. Esta definição engloba todos os organismos dos domínios Bacteria (bactérias e cianobactérias) e Archaea, ambos pertencentes ao Reino Monera. A estrutura celular procariota possui diversas outras diferenças se a compararmos com a estrutura da célula eucariota. Os seres procariotas não possuem núcleo, nem a maior parte dos organitos porque não desenvolveram membranas internas (com excepção dos ribossomas, que não tem uma estrutura membranar), sendo também incapazes de se unir para formar organismos pluricelulares. Os procariotas apresentam metabolismos muito diversificados, facto evidente na sua grande capacidade de colonização a diferentes ambientes, como é o caso das vias digestivas de animais, ambientes vulcânicos, ambientes salobros, etc. O Domínio Eukariota, Eukaria, Eukarya, Eukaryota (eucariotas ou eucariontes) (gr. eu, verdadeiro + karyon, noz ou amêndoa - núcleo) inclui todos os seres vivos com células eucarióticas, ou seja, com um núcleo celular rodeado por uma membrana ( DNA compartimentado e conseqüentemente separado do citoplasma), assim como vários organitos, como é o caso das mitocôndrias, cloroplastos, reticulo endoplamático ou aparelho de Golgi. Os eucariotas variam desde organismos unicelulares até gigantescos organismos pluricelulares, nos quais as células se diferenciam e desempenham funções diversas, não sobrevivendo isoladamente. Os eucariotas compartilham uma origem comum, e por isso são agrupados numa hierarquia taxonômica superior ao reino: o domínio Eukaria que contém os Reinos Animalia, Plantae, Fungi e Protista (tendo já sido propostos outros).
Adaptação de YAHOO!Respostas

03 fevereiro 2009

As últimas áreas silvestres da Terra

Biólogos descobriram dez novas espécies de anfíbios na Colômbia

Uma equipa de biólogos da Conservation International descobriu nove espécies de sapos e uma de salamandra nas montanhas da Colômbia. A notícia foi divulgada hoje, Dia Mundial das Zonas Húmidas.As novas espécies, incluindo três sapos venenosos, foram descobertas na zona montanhosa de Tacarcuna, perto da fronteira da Colômbia com o Panamá. Esta região servia de passagem entre espécies de plantas e de animais entre a América do Norte e a América do Sul. “Sem dúvida alguma podemos dizer que esta zona é uma verdadeira Arca de Noé”, comentou José Vicente Rodriguez-Mahecha, director científico da Conservation International na Colômbia, citado pela agência Reuters. Actualmente, Tacarcuna é uma zona que sofre com o abate florestal, exploração de gado, caça, exploração mineira e fragmentação dos habitats. Estima-se que 30 por cento da sua vegetação natural já desapareceu.“O elevado número de novas espécies de anfíbios é um sinal de esperança, mesmo com a grave ameaça de extinção que enfrentam estes animais em muitas outras regiões do mundo”, acrescentou. Robin Moore, especialista em anfíbios na Conservation International, sublinhou que actualmente um terço de todas as espécies de anfíbios do planeta está ameaçada de extinção. “Os anfíbios são muito sensíveis às mudanças no ambiente (…). São uma espécie de barómetro e são os primeiros a responder a essas mudanças, como por exemplo as alterações climáticas”, explicou. Os anfíbios ajudam a controlar a progressão de doenças como a malária e o dengue porque se alimentam dos insectos que transmitem essas doenças às pessoas.A equipa quer trabalhar com as populações locais de Tacarcuna para que “encontrem formas mais sustentáveis para proteger os seus recursos naturais, também para seu benefício”, considerou Moore.Hoje comemora-se o Dia Mundial das Zonas Húmidas, habitat de muitas espécies de anfíbios, para relembrar a assinatura da Convenção de Ramsar, a 2 de Fevereiro de 1971.
PÚBLICO - Reuters - 02.02.2009