19 dezembro 2009

FELIZ NATAL ANIMAIS

O governo americano admite que o urso polar é uma espécie ameaçada de extinção.

O governo norte-americano, pressionado por três grupos ambientalistas, propõe a inclusão do urso polar na lista de espécies ameaçadas, noticia o jornal The Washington Post. O secretário do Interior, Dirk Kempthorne, marcou uma entrevista colectiva para o passado dia 27, com o intuito de discutir a situação dos animais. Segundo o mesmo diário, que cita uma fonte anónima próxima do governo, a proposta será apresentada para publicação e ficará sujeita a discussão pública durante 90 dias."Analisámos os dados, e tudo leva a crer que o gelo sobre o mar, do qual os ursos dependem, tem vindo a recuar", explicou ao jornal o funcionário, concluindo que "obviamente, o gelo marítimo está a derreter devido ao aumento da temperatura".

O mesmo funcionário revelou ainda que o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA estima que, se nada for feito, o urso possa ficar em risco de extinção em apenas 45 anos. Se, pelo contrário, for considerado uma espécie em risco o governo terá de evitar uma série de procedimentos que ameacem a sua sobrevivência. Neste caso, os ambientalistas alimentam a esperança de que a declaração force as autoridades americanas a limitar as emissões de gases com efeito de estufa (GEE), como o dióxido de carbono, uma das principais causas do aquecimento global.De recordar que a administração de George W. Bush tem recusado sempre impor limites à poluição gerada pela queima de combustíveis fósseis e aderir a acordos internacionais que prevêem limites deste tipo, escudando-se no argumento de que essas restrições poderiam colocar em risco a economia do país.
Mundopt

O Urso Polar e o aquecimento global

Dez espécies tornam-se símbolo da ameaça climática

Dez espécies tornam-se símbolo da ameaça climática.
A raposa do Árctico, o coala e o peixe-palhaço estão entre as dez espécies escolhidas para representar os impactos das alterações climáticas na biodiversidade, revelou a UICN (União Mundial para a Conservação).
A lista das espécies que mais têm a perder com o aquecimento global, apresentada esta manhã durante a conferência de Copenhaga, inclui nomes bem conhecidos de todos, como o pinguim-imperador, o coala, a baleia-branca e o peixe-palhaço. O grupo fica completo com a raposa do Árctico, o salmão, a foca-anelada, a tartaruga de couro, a árvore africana Aloe dichotoma e a espécie de coral Acropora cervicornis.“Algumas das nossas espécies favoritas estão ameaçadas por causa das emissões de dióxido de carbono”, comentou Wendy Foden, co-autora do relatório “Species and Climate Change”. Entre as espécies com um futuro mais negro estão aquelas que vivem nas zonas polares. A foca-anelada vê-se obrigada a deslocar-se cada vez mais para Norte, à medida que o gelo no mar, do qual depende para cuidar das suas crias, vai recuando. O pinguim-imperador, adaptado às condições rigorosas da Antárctica, vive o mesmo problema. A tundra no Árctico, onde vive uma espécie de raposa de pelagem branca, está a regredir à medida que temperaturas mais elevadas transformam este habitat em floresta. Mas as ameaças também se sentem no mar. A baleia-branca enfrenta maior pressão das actividades humanas porque o desaparecimento do gelo no mar abre zonas outrora inacessíveis. Os impactos climáticos não se limitam aos Pólos. Nos trópicos, os corais Acropora cervicornis estão ameaçados pela subida da temperatura das águas. Muitos não resistem ao fenómeno conhecido como branqueamento, quando oceanos mais ácidos, em resultado da absorção de cada vez mais dióxido de carbono, enfraquecem as estruturas dos recifes de coral. Também o peixe-palhaço, mais conhecido pelo filme " À procura de Nemo" , é uma das vítimas de um clima em mudança. As águas mais ácidas diminuem as suas capacidades para encontrar as anémonas das quais dependem para se refugiarem de predadores. O salmão vive com níveis de oxigénio na água mais baixos e o coala australiano está ameaçado pela má nutrição, devido ao declínio da qualidade nutricional dos eucaliptos, dos quais se alimenta. As tartarugas de couro estão a perder os habitats onde põem os ovos e a árvore Aloe dichotoma, do deserto da Namíbia ao Sul do continente africano, sofre com períodos de seca acentuada. “Várias das espécies deste relatório já constam da Lista Vermelha da UICN devido a outras ameaças, como a destruição dos habitats ou caça ilegal. Mas outras rapidamente entrarão nessa lista por causa das alterações climáticas”, salientou Jean-Christophe Vié, da UICN.
Público.PT

Aumento das temperaturas

O aumento da temperatura média em Portugal está a decorrer a um ritmo mais acelerado do que no resto do mundo, com um crescimento de 0,33 graus por década. "A temperatura de 2009 ficou muito acima dos valores médios, quase um grau", afirmou Adérito Serrão, presidente do Instituto de Meteorologia. O responsável, que citou dados do relatório preliminar da análise climatológica de Portugal Continental entre 2000 e 2009, explicou que, considerando apenas os valores de referência do país, a temperatura média neste ano ficou 0,9 graus acima do normal. O especialista considera que há uma "consistência" nesta tendência de aquecimento, pelo ritmo que se mantém desde há quatro décadas.
"O aumento de 0,33 grau por década é muito significativo. Com este ritmo, em 60 anos atingiam-se os dois graus de aumento de temperatura média em Portugal, isto se se mantivesse o ritmo e não fosse inclusive agravado, porque a tendência é de ligeiro agravamento desta elevação da temperatura", explicou. Deste modo, as ondas de calor têm ocorrido com bastante frequência, uma delas com duração superior a 15 dias, que teve repercussões como mortos e incêndios florestais. Em termos de temperaturas, 2003 registou um valor máximo, com 47,4 graus na freguesia da Amareleja, concelho de Moura (Alentejo). Já em 2005 houve a mínima mais acentuada, nas Penhas Douradas (Serra da Estrela), e em 2001 ocorreram fenómenos de muita precipitação. Chuva abaixo da média O relatório aponta ainda para uma diminuição da precipitação, com valores abaixo das médias de referência da Organização Meteorológica Mundial (OMM). "Temos Primaveras mais curtas em termos de precipitação, assim como Invernos, os quais estamos a alternar entre secos e chuvosos", afirmou Serrão, que acrescentou que esta década teve o Inverno mais seco desde que começou a ser feito o registo e o terceiro mais chuvoso dos últimos anos. Estes dados indicam uma intensificação dos períodos extremos, como aconteceu entre 2004 e 2006, com uma seca bastante prolongada.

Cimeira de Copenhaga - Dezembro 2009

O mundo está de olhos postos em Copenhaga. A Cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, que começou a 7 de Dezembro, é encarada como um momento histórico na batalha contra o aquecimento global.
192 países estão representados. O objectivo é encontrar um acordo para a redução das emissões de gases com efeito de estufa. Actualmente, as emissões mundiais situam-se nas 47 mil milhões de toneladas por ano. As metas são ambiciosas, mas o responsável das Nações Unidas para o clima está confiante. “Não acredito que a cimeira vá falhar. Basta olhar para o número de pessoas que se comprometeu a vir cá para garantir que vai ser um sucesso, para os anúncios de apoio financeiro que recebemos, para as metas que foram anunciadas e para o compromisso que estamos a ver dos países desenvolvidos”, declarou Yvo de Boer. Grandes ambições e reforço da segurança na capital da Dinamarca. Mas o fosso económico e os esforços ambientais das diferentes nações ameaçam o acordo global. Vários especialistas dizem que é tarde para evitar os mais graves efeitos das mudanças climáticas. Os alertas têm-se intensificado. Um dos últimos, no lago de Copenhaga, mostra bonecos a afogarem-se. O objectivo é dizer aos líderes mundiais que não comprometam o futuro de milhões de crianças que podem vir a ser as grandes vítimas do aquecimento global.
Copyright © 2009 euronews

Gorilla gorilla diehli

Primeiras imagens profissionais do «Gorilla gorilla diehli»

Estes animais em vias de extinção habitam nos Camarões e na Nigéria

Pela segunda vez na História, primeira a nível profissional, foi possível filmar Gorilla gorilla diehli. Extremamente raros e pouco estudados, estes gorilas dos Camarões e da Nigéria são muito cautelosos em relação aos humanos, sendo por isso difícil conseguir registá-los. A espécie tinha já sido filmada em 2005 por um investigador. Mas as imagens, feitas com uma câmara amadora, eram de má qualidade. Esta é a primeira vez que são filmados por um profissional e com uma câmara também profissional, explica Jörn Röver, director da NDR Naturfilm, a produtora alemã que recolheu as imagens. Depois de três semanas de esforços, e com a ajuda da Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem dos Camarões, a equipa conseguiu encontrar dois exemplares a alimentarem-se dos figos nas árvores do santuário Kagwene, nos Camarões, onde existem apenas 16 exemplares.

Esta floresta, com 20 quilómetros quadrados foi designada como “santuário” em 2008 para proteger estes animais. A equipa desenvolveu um sistema de monitorização não invasiva para não incomodar os animais, que estavam em cima das figueiras, entre nove e 12 metros de altura. O Gorilla gorilla diehli, também conhecido como Gorila do Rio Cross, é a mais rara das quatro subespécies de gorilas existentes. Existem 300 exemplares espalhados pelos Camarões e Nigéria. Curiosamente, a sua preservação neste santuário deve-se à superstição local de que os símios são pessoas, não sendo por isso permitido caçá-los nem comê-los. No entanto, os animais são caçados e o seu habitat é destruído noutros lugares
http://www.cienciahoje.pt

COSTA RICA

Ano Internacional da Biodiversidade - 2010

Em 20 de dezembro de 2006, a Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade (resolução 61/203). A Assembléia designou o secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica [Convention on Biological Diversity] como ponto focal para o Ano e convidou-o a cooperar com as outras agências do Sistema das Nações Unidas, com acordos multilaterais ambientais, com organizações internacionais e outros atores, visando chamar maior atenção internacional para a perda contínua da biodiversidade.
A Assembléia Geral encorajou os Estados Membros e outros atores a tirar vantagem do Ano para aumentar a conscientização da importância da biodiversidade por meio de ações promocionais a níveis local, regional e internacional. Convidou também os Estados Membros a considerar o estabelecimentos de comissões nacionais para o Ano. Além disso, convidou Estados Membros e outras organizações internacionais relevantes a apoiarem atividades a serem organizadas por países em desenvolvimento, especialmente países menos desenvolvidos.
www.brasilia.unesco